19/05/09 - 10h30
Sadia e Perdigão anunciam conclusão de acordo de fusão
Acordo foi anunciado ao mercado pela Perdigão nesta terça-feira (19).
União das duas 'gigantes' criará uma nova companhia, a Brasil Foods.
Após muita negociação, os obstáculos à assinatura do contrato de fusão entre Sadia e Perdigão foram superados e os papéis foram assinados na noite desta segunda-feira (18). A conclusão do acordo foi confirmada pela Perdigão, que enviou fato relevante ao mercado financeiro na manhã desta terça-feira (19).
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A companhia que resultará da união das duas empresas se chamará Brasil Foods e, de acordo com o mercado, a denominação ajudará no crescimento da companhia no mercado internacional. De acordo com o comunicado ao mercado, a Perdigão mudará seu nome para Brasil Foods, empresa que posteriormente vai incorporar a Sadia.
Depois da conclusão da operação, a Sadia terá aproximadamente 31,5% de participação na Brasil Foods. Para capitalizar o novo negócio, a Brasil Foods vai fazer uma oferta pública de ações no valor estimado em R$ 4 bilhões.
O acordo, de acordo com a nota, será submetido às autoridades brasileiras de concorrência (Conselho Administrativo de Defesa Econômica - Cade e Secretaria de Acompanhamento Econômico - Seae).
A nova empresa, informa o comunicado, terá sua sede transferida para a cidade de Itajaí (SC), onde existe um porto, o que reforça os comentários do mercado de que a Brasil Foods trabalhará para reforçar sua participação no mercado externo de alimentos.
Novo negócio
O acordo cria a uma gigante brasileira de alimentação, que deverá se chamar Brasil Foods. Segundo a consultoria Economatica, a empresa ocupará o 9º lugar no ranking das maiores empresas de alimentos das Américas.
A nova companhia terá uma participação de quase 25% no mercado global de exportação de aves, além de boa presença em vendas externas de suínos. Além disso, a empresa será líder em alimentos processados no mercado brasileiro.
O negócio ainda precisará ser aprovado pelos órgãos de defesa da concorrência no Brasil. Somadas, as empresas terão participação superior a 55% do mercado brasileiro em produtos como industrializados de carne e margarinas. Em itens como massas prontas, a fatia de mercado pode passar de 80%.
Unidas, as duas companhias vão ter faturamento anual de R$ 22 bilhões e cerca de 120 mil funcionários. A Brasil Foods seria também a terceira maior exportadora do país, atrás apenas das "gigantes" Vale, do setor de mineração, e Petrobras, de combustíveis. As vendas para o exterior devem somar cerca de US$ 10 bilhões.
Condições
Conforme os termos apresentados, existem certas condições para que a oferta seja concluída, o que precisa ocorrer dentro de um prazo de 15 dias.
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A mais importante delas é que os acionistas controladores da Sadia assumam o controle da Concórdia Holding Financeira S.A., dona do Banco Concórdia e da Concórdia Corretora.
Fora isso, esse prazo de 15 dias vale também para que a Perdigão obtenha aprovação da operação com os seus maiores acionistas, que são fundos de pensão - e possuem um acordo de voto conjunto. Vale ressaltar que, formalmente, a Perdigão não possui controlador.
Atingidas essas condições, terá início a complexa operação, que acabará com a incorporação da Sadia pela Brasil Foods (antiga Perdigão).
O acordo prevê que o conselho da administração da Brasil Foods terá 11 membros, sendo dois copresidentes. Desse total, três serão indicados pelos controladores da Sadia, incluindo um dos copresidentes.
Reforma semelhante será feita no conselho de administração da Sadia, que passará a ter a mesma formação que o da Brasil Foods, além de um membro adicional, que foi eleito em votação em separado pelos preferencialistas em 27 de abril deste ano.
(Com informações da Reuters, da Globo News e do Valor OnLine)
Fonte: G1








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